O potencial do milho vai além das saborosas comidas juninas. A GreenB Biological Solutions, startup de Criciúma (SC), está desenvolvendo uma máquina que retira a zeína, proteína do milho, para criar bioplástico. O material será útil para criar objetos como copos ou hastes de cotonetes descartáveis que não viram lixo que agride o ambiente.
Por ser uma proteína, a zeína é biodegradável e compostável, podendo ser até comida. Além de gerar matéria-prima pro bioplástico, poderá ser usada como filme para revestir alimentos e evitar a contaminação por bactérias, aumentando a validade dos produtos nos supermercados.
Para chegar ao invento, a empresa usa um novo método desenvolvido pelo IQSC-USP (Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo). “Além de ser mais eficiente, nossa técnica é mais barata, simples e rápida que a utilizada atualmente para extrair zeína dos resíduos dos grãos de milho”, informou o professor do IQSC-USP Sérgio Yoshioka, à frente da pesquisa.
“Depois desta fase, a zeína poderá ser produzida em escala, podendo ser usada em inúmeras aplicações”, diz Roseli Jenoveva Neto, cofundadora e gestora de pesquisa e desenvolvimento da GreenB.
Para a montagem da fábrica piloto, a GreenB está recebendo recursos do Programa Centelha, uma parceria entre a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação), e a Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina). Na primeira edição do programa foi investido R$ 1,7 milhão em 28 projetos. Neste ano, o investimento será de R$ 3,3 milhões.
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