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As Armadilhas do Perfeccionismo

Nicole Rizzutti Lemos

Publicado

em

Tempo de Leitura: 3 minutos

Estando envolvidos com o trabalho, a criação de filhos, passatempos pessoais ou qualquer outra atividade, existem dois extremos para classificar porque nós fazemos o que fazemos. Nós podemos adotar a abordagem “bom o suficiente é… bom o suficiente” e tentar seguir a lei do mínimo esforço, ou podemos escolher uma abordagem completamente diferente, aquela do perfeccionismo, a fixação de tentar fazer as coisas do modo exatamente certo. 

A maior parte de nós provavelmente fica em algum ponto entre os dois extremos, mas recentemente ouvi acerca de um famoso jogador de golfe que tomou consciência de que a melhor maneira de dominar suas habilidades era adotar uma abordagem simples. O falecido Ben Hogan é considerado um dos maiores jogadores de golfe de todos os tempos, e competiu desde os anos 1930 até meados de 1950. Em seu livro, “Ben Hogan’s Five Lessons; The Modern Fundamentals of Golf”, ele explicou um “segredo” do seu sucesso: 

Ele disse: “…Eu parei de tentar de fazer muitas coisas perfeitamente porque tinha se tornado claro em minha mente que essa ambiciosa super perfeição não era nem possível, nem prudente, e nem mesmo necessária. Tudo o que é realmente necessário para se jogar golfe bem é executar de forma apropriada um número relativamente pequeno de movimentos realmente fundamentais.

Pense nisso: O reconhecimento, como Hogan descobriu, de que a perfeição “não é nem possível, nem prudente, e nem mesmo necessária” pode nos libertar de uma quantidade enorme de estresse desnecessário. Ao invés disso, podemos alcançar o sucesso naquilo que escolhemos exercer simplesmente nos determinando a “executar de forma apropriada um número relativamente pequeno de movimentos realmente fundamentais”

Em um sentido mais amplo, esse princípio se relaciona bem com o desejo de sermos, como II Coríntios 5:20 bem descreve, “embaixadores de Cristo”. Quando assumimos o compromisso de sermos seguidores de Jesus Cristo, isso significa representá-Lo não apenas em nossos lares e igrejas, mas também em nossa comunidade e, especialmente, onde trabalhamos. Qual é aquele número relativamente pequeno de movimentos realmente fundamentais necessário para fazer isso?Deixe-me sugerir apenas alguns entre os que a Bíblia nos proporciona:  

Coloque Deus em primeiro lugar.  Normalmente as pessoas trabalham para si mesmas, ou para suas empresas, ou para seus clientes. Entretanto, nas Escrituras somos admoestados: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens…É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses 3:23-24).  

Busque a excelência. Quando nos conscientizamos de que servimos a Deus em primeiro lugar e depois nossos clientes, entendemos que isso exige o nosso melhor.   “Nada mal” não é bom o bastante. “Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura.” (Provérbios 22:29). 

Trabalhe com integridade.  Negócios geralmente são feitos através de documentos legais que obrigam seu cumprimento, mas nós devemos ser conhecidos como pessoas que cumprem o que prometem, mesmo quando isso não é conveniente. “É uma armadilha consagrar algo precipitadamente, e só pensar nas consequências depois que se fez o voto.” (Provérbios 20:25).  

Sirva com humildade.  Temos a certeza de nos destacarmos no ambiente de trabalho quando as outras pessoas veem que estamos dispostos a colocar suas necessidades até mesmo acima das nossas. “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.  Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2:3-4).  

Próxima semana tem mais!


Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de “Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today’s Workplace” e “Tufting Legacies” (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu “The heart of Mentoring” e tem editado numerosos outros livros, incluindo “Advancing Through Adversity”, por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.


MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL –  E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol,  inglêse japonês.


Questões Para Reflexão ou Discussão  

1. Como você descreveria a abordagem que normalmente adota? Você escolhe fazer apenas o suficiente para “ir levando” – o básico – ou se esforça por realizar tudo com perfeição? Algo entre os dois extremos? 

2. Que você acha da ideia do golfista Hogan de “executar de forma apropriada um número relativamente pequeno de movimentos realmente fundamentais”? Como essa filosofia mudaria a forma como você encara seu modo de desempenhar seu trabalho ou outros aspectos de sua vida? 

3. De que maneiras a busca pelo perfeccionismo pode resultar em fracasso ou impossibilidade de realizarmos o nosso melhor? 

4. Vistos sob uma perspectiva espiritual, qual dos princípios bíblicos citados é mais significativo para você? Existem outros que você poderia citar? 

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Salmos 37:3-6;  Provérbios 16:3, 9;  Eclesiastes 9:10;  Atos 17:28;  I Coríntios 3:9.  

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