No mundo profissional e empresarial, nos concentramos em objetivos, novos produtos e serviços, vendas, quotas e lucros. Buscamos essas coisas com grande energia, determinados a atingir nossas marcas. Mas, e o que acontece quando temos sucesso e alcançamos os resultados pretendidos? Frequentemente, simplesmente estabelecemos novas metas e objetivos, volumes de vendas e resultados. Depois, rapidamente seguimos em frente.
Muitas organizações e líderes, preocupados com suas missões e objetivos, correm velozmente ultrapassando seus principais marcos e vitórias sem se deter por tempo suficiente para celebrar e apreciar o que realizaram. Imagine três alpinistas escalando uma encosta elevada que, assim que atingem o pico, avistam outra montanha distante. Em lugar de apreciarem o que acabaram de fazer, eles se apressam a descer do Monte Quase-Impossível para rumarem em direção ao desafio da próxima montanha.
Isso parece tolice, não é mesmo? Mas geralmente é o que fazemos. Ao invés de fazer como recomenda o ditado e parar “para sentir o perfume das rosas”, avançamos rumo ao horizonte em busca de maiores realizações. Quando eu era editor de jornais e revistas, lutava com essa tentação. Tínhamos trabalhado arduamente para fechar a última edição, vencendo muitas barreiras e obstáculos ao longo do caminho, mas assim que ela saia da impressão, nossa atenção rapidamente se voltava para planejar, escrever, editar e delinear a edição seguinte.
Por esse motivo sempre me esforcei para acionar o botão de “pausa”, permitindo que nossa equipe apreciasse o que havíamos realizado antes de mudar nosso foco e concentrá-lo no novo grupo de prazos fatais. Nós precisávamos de tempo para celebrar.
Como meu amigo Rick Boxx (outro colaborador regular do “Maná da Segunda”), afirmou em uma de suas mensagens diárias via e-mail, “Celebrações são uma importante parte da jornada. Elas rejuvenescem o quadro funcional, reconhecem o desempenho brilhante e solidificam a equipe.” O companheirismo é construído durante a luta, agrupando nossos respectivos talentos e habilidades para atingirmos um objetivo comum. Mas o mesmo companheirismo – algumas pessoas o chamam de espírito de equipe – é solidificado e fortalecido quando juntos podemos desfrutar o brilho de um trabalho bem feito.
Vemos um bom exemplo disso no livro de Neemias, no Antigo Testamento da Bíblia. Os israelitas haviam cumprido a sua “missão impossível”, trabalhando duramente para reconstruir os muros de Jerusalém, bem como reedificar e habitar as casas da cidade. Embora tivessem enfrentado forte oposição, a reconstrução se completou em incríveis 52 dias. Aquele era definitivamente um momento para celebrar. E eles fizeram isso.
Em Neemias 12:27 lemos: “Por ocasião da dedicação dos muros de Jerusalém, os levitas foram procurados e trazidos de onde moravam para Jerusalém para celebrarem a dedicação alegremente, com cânticos e ações de graças, ao som de címbalos, harpas e liras.” O povo de Jerusalém enfrentaria muitas outras dificuldades nos dias que estavam por vir, mas eles reconheceram a importância de celebrar o que haviam feito.
O rei Salomão, reputado como o mais sábio e realizador dos antigos reis de Israel, entendeu o valor de celebrar: “Assim, descobri que, para o homem, o melhor e o que mais vale a pena é comer, beber, e desfrutar o resultado de todo o esforço que se faz debaixo do sol durante os poucos dias de vida que Deus lhe dá, pois essa é a sua recompensa.” (Eclesiastes 5:18).
Em seu ambiente de trabalho, aproveite as oportunidades para celebração. Isso manterá sua equipe energizada e motivada.
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de “Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today’s Workplace” e “Tufting Legacies” (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu “The heart of Mentoring” e tem editado numerosos outros livros, incluindo “Advancing Through Adversity”, por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2021 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglêse japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. A palavra “celebração” faz parte do vocabulário no seu local de trabalho? Quando foi a última vez que você parou para celebrar ao atingir uma meta ou concluir um projeto importante?
2. Como é se sentir parte de uma celebração assim? Se a sua organização é do tipo que se atira ao próximo projeto ao invés de pausar para se alegrar com o que já foi realizado, como seria ter a oportunidade de celebrar um trabalho bem feito?
3. Por que, em sua opinião, é tão difícil para alguns apertar o botão de “pausa” para que possam desfrutar o momento de uma vitória? Que tipo de impacto pode exercer nas pessoas envolvidas o fato de não lhes ser dada a oportunidade de celebrar realizações significativas?
4. Que passos você ou sua equipe poderiam adotar para assegurar-se de poder realmente “parar para sentir o perfume das rosas” e celebrar, e não rapidamente se lançar ao próximo desafio intimidante?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Eclesiastes 9:10; Efésios 2:10; Colossenses 3:17, 23-24; I Tessalonicenses 5:16-18.