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Encontrando Satisfação em um Mundo Insatisfeito

Nicole Rizzutti Lemos

Publicado

em

Tempo de Leitura: 3 minutos

Décadas atrás, muito antes que a Internet e as mídias sociais existissem, um homem muito rico foi entrevistado por um repórter.  Quase ao fim do encontro, o repórter olhou para o magnata industrial bilionário e ousadamente perguntou: “Senhor, quanto é o bastante? Com um sorriso levemente malicioso, o proeminente líder empresarial respondeu mostrando dois dedos um pouquinho separados, dizendo: “Só um pouquinho a mais.”  

Este parece ser o lema de nossos tempos materialistas: “Só um pouquinho a mais.”  Ou, colocando de outra maneira, muito nunca é o bastante. O motivo é que ficamos condicionados a jamais nos satisfazermos com o que temos. 

Eu me recordo de um atleta profissional que jogou para o meu time preferido. Vamos chamá-lo de Sr. H. Depois de assinar o contrato mais lucrativo da história do seu esporte, ele transbordou de gratidão pelo quanto o seu time o valorizava e reconhecia seus talentos. Poucas semanas depois um jogador de um time rival foi recompensado com um contrato ainda maior. De repente, o Sr. H. não estava mais feliz ou grato. Não sendo mais o jogador mais bem pago em seu esporte, ele começou a se queixar. Como o rico homem de negócios mencionado acima, ele precisava de mais.  

Esta, porém, não é uma armadilha apenas para aqueles que são incrivelmente ricos. Eu me lembro de que no início de minha carreira, sempre que recebia um aumento de salário, me sentia entusiasmado e grato. Entretanto, depois de pouco tempo, eu ficava acostumado com o novo valor no contracheque e crescia minha impaciência esperando pelo novo aumento de pagamento. Mesmo se meu chefe decidisse triplicar o valor do meu salário, em breve aquilo pareceria não ser o bastante.  

Assim sendo, como lidar com essa tendência tão humana? Será que deveríamos nos resignar a sentirmo-nos continuamente insatisfeitos e descontentes? Estudando a Bíblia descobri uma abordagem totalmente diferente, inclusive aprendendo como encontrar satisfação em seja o que for que possuímos. Aqui estão algumas coisas do que ela nos ensina:  

Na realidade, jamais haverá o bastante.  O rei Salomão de Israel, escritor da maior parte do livro de Provérbios, adquiriu uma riqueza inimaginável e ainda assim compreendeu a armadilha de querer “só um pouquinho mais”. Ele escreveu: “O Sheol [a morte] e a Destruição são insaciáveis, como insaciáveis são os olhos do homem.” (Provérbios 27:20).

As riquezas são temporárias, na melhor das hipóteses.  Há um ditado que diz: “Vem fácil, vai fácil”. Isso é certamente verdadeiro para as riquezas materiais que podem ser perdidas tão facilmente quanto são ganhas. “Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu.” (Provérbios 23:4-5).  

Viver retamente trás uma recompensa duradoura.  O dinheiro não pode comprar tudo, inclusive alegria interior e senso de realização por uma vida bem vivida. Ao mesmo tempo, dar ênfase demasiada às riquezas pode trazer miséria. “A casa do justo contém grande tesouro, mas o rendimento dos ímpios lhes traz inquietação.” (Provérbios 15:6).

Aprendendo a estar satisfeito em qualquer circunstância.  O apóstolo Paulo experimentou tanto a pobreza quanto a prosperidade durante sua vida. Ele escreveu que aprendeu “o segredo de viver contente em toda e qualquer situação…” (Filipenses 4:12). Nesse processo Paulo concluiu que “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar…pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males…” (I Timóteo 6:6, 10).  

Próxima semana tem mais!


Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de “Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today’s Workplace” e “Tufting Legacies” (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu “The heart of Mentoring” e tem editado numerosos outros livros, incluindo “Advancing Through Adversity”, por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.


MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL –  E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol,  inglêse japonês.


Questões Para Reflexão ou Discussão  

1. Como você responderia à pergunta: “Quanto é o bastante?”

2. Numa “escala de satisfação” de um a dez, que valor você atribuiria a si mesmo?  Explique sua resposta. 

3. Quais seriam alguns dos obstáculos para encontrar e manter um senso de contentamento no mundo de hoje? Que fatores em seu ambiente de trabalho constantemente o tentam a se esforçar por mais? 

4. Para você, o que significa “piedade com contentamento é grande fonte de lucro”? Como você define “piedade” e o que isso tem a ver com alcançar satisfação na vida? 

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 11:28;  13:11;  15:16;  18:11;  22:7; Filipenses 4:10-13;  I Timóteo 6:6-10.  

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