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3 anos atrásem
Durante alguns anos notei que minha pressão arterial vinha subindo. Cada vez que eu checava, ela estava ligeiramente mais elevada que a vez anterior. Eu sempre atribuí isso a outras fontes: café demais, cansaço ou alguma outra razão facilmente explicável e descartável. Finalmente, meu médico foi direto ao ponto e me disse: “Sua pressão sanguínea está muito elevada. Vou entrar com uma medicação para isso.” A medicação funcionou e minha pressão voltou a um nível normal e saudável. Eu havia passado por um estado de negação; o médico me forçou a admitir isso e prescreveu um curso de ação.
De outra feita, meu endividamento estava aumentando. Eu me senti como que pisando em terreno escorregadio a primeira vez que não pude pagar o saldo total do meu cartão de crédito. Continuei pensando que no mês seguinte eu iria cobrir o débito, mas não consegui. Neguei que aquilo fosse um problema até que tudo se transformou numa conjuntura perigosa, alcançado um valor que eu não poderia mais suportar. Estabeleci um plano de ação e liquidei todos os meus débitos num prazo quase igual ao que levei para acumulá-los.
Venho ganhando um pouco de peso a cada ano de minha vida adulta. Convenci a mim mesmo que isso era normal e, além disso, eu conhecia muitas pessoas que estavam com mais sobrepeso do que eu. Eu também alegava que minha balança não estava correta, eu estava usando sapatos pesados ou tinha acabado de fazer uma grande refeição e, além do mais – eu pensava – meu peso variava dependendo do horário do dia.
Por fim, alcancei um peso além da minha zona de conforto e daquilo que eu queria pesar. Aquilo se transformou em uma crise pessoal. Comprei uma nova balança digital e comecei a fazer uma tabela com o meu peso no mesmo horário todos os dias; eu não queria que houvesse nenhuma variável para me fazer racionalizar. Mais uma vez, eu estava em estado de negação, entrei numa crise de confiança e desenvolvi um plano de ação.
Muitos anos atrás eu estava à deriva, espiritualmente falando. Eu tinha frequentado a igreja quando jovem, e até mesmo tivera uma “experiência religiosa”. Olhei em retrospectiva para aquela experiência, convenci a mim mesmo que eu estava bem com Deus, mas de alguma forma cheguei à conclusão de que não estava. Por fim, entrei em uma crise de fé onde eu sabia que precisava mudar minha vida. Comecei a frequentar a igreja novamente e me juntei a um grupo de estudo da Bíblia. Ali tomei consciência de que minha visão de Deus era a de uma criança – era a perspectiva que eu adquirira na Escola dominical décadas anteriormente.
Depois de um período de profunda autoanálise, decidi me tornar um dedicado seguidor de Cristo – desta vez na condição de um adulto com um plano. Assim como aconteceu com minha pressão arterial, meu endividamento e sobrepeso, eu estivera em negação a respeito de minha falta de fé. Tive uma crise de fé em que eu sabia que as coisas deveriam mudar e aquela crise levou-me a uma nova e mais madura fé em Jesus Cristo.
Ao longo dos anos, tenho visto esse mesmo padrão sendo exibido na vida de muitas outras pessoas, em uma grande variedade de assuntos. Para alguns, a habilidade de viver em negação é maior do que para outros; eles parecem nunca chegar ao estágio da crise onde reconhecem a necessidade de adotar um rumo de ação. Outros confrontam a realidade e adotam os passos necessários antes que surjam grandes crises. Existem áreas em sua vida em que você está em negação? Você está na direção de uma crise ou deve adotar um curso de ação agora mesmo?
Eu sugiro que você consulte outras pessoas e busque ajuda: Deus e amigos confiáveis. Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração. Eu Me deixarei ser encontrado por vocês, declara o Senhor… (Jeremias 29:13-14). O homem sábio é poderoso, e quem tem conhecimento aumenta a sua força; quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória (Provérbios 24:5-6).
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Langley, agente e perito em seguros de vida (CLU), da New York Life, desde 1983. Membro ativo do CBMC Santa Bárbara, Califórnia, desde 1987. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2020 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br – Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês, italiano e japonês.
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