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Animais

Por que certos cheiros despertam memórias tão fortes?

Nicole Rizzutti Lemos

Publicado

em

Tempo de Leitura: 2 minutos

Você já sentiu um cheiro e, de repente, foi levado direto para uma lembrança da infância, de uma viagem ou de alguém especial? Isso acontece porque o olfato tem uma conexão única e direta com as partes do cérebro responsáveis pelas emoções e pelas memórias. Diferente dos outros sentidos, como a visão e a audição, os cheiros conseguem ativar memórias de maneira muito mais intensa e emocional.

A rota direta do olfato

Quando sentimos um cheiro, as partículas odoríferas entram pelo nariz e são captadas por receptores no epitélio olfativo. Esses sinais vão direto para o bulbo olfativo, uma estrutura localizada logo acima da cavidade nasal. E é aí que começa o “atalho” curioso: o bulbo olfativo está conectado diretamente com o sistema límbico, que é o centro das emoções e da memória no cérebro. Ele inclui áreas como a amígdala (ligada às emoções) e o hipocampo (ligado à memória de longo prazo).

É por isso que um cheiro pode fazer você lembrar com detalhes de momentos que você nem pensava há anos. Um perfume, por exemplo, pode trazer à tona sentimentos por uma pessoa, ou o cheiro de pão assando pode fazer você se sentir novamente na casa da sua avó.

A “memória olfativa” e o cérebro adolescente

Para os adolescentes, essa conexão é ainda mais interessante. Nessa fase da vida, o cérebro está em constante desenvolvimento, especialmente as regiões emocionais. Isso significa que muitas experiências vividas na adolescência ficam marcadas com muita força — e se um cheiro estiver presente nesses momentos, ele vai se tornar uma espécie de “chave” que desbloqueia a lembrança com muita facilidade no futuro.

Por isso, cheiros que fazem parte do seu dia a dia agora — como o cheiro do seu quarto, do seu perfume favorito ou da escola — podem se tornar memórias poderosas mais tarde.

Por que nem todo cheiro tem esse poder?

Não são todos os cheiros que criam lembranças fortes. Isso só acontece quando o cheiro está presente em um momento emocionalmente marcante. É como se o cérebro “guardasse” aquele cheiro junto com a memória, criando uma ligação emocional. Por isso, uma mesma fragrância pode ter significados completamente diferentes para pessoas diferentes.

Conclusão

Cheiros são muito mais do que simples aromas. Eles são atalhos emocionais que o cérebro usa para guardar e resgatar memórias importantes. E, como o olfato está tão conectado ao nosso lado emocional, ele tem o poder de nos fazer sentir tudo de novo — como se o passado voltasse por alguns segundos.

ℹ️ Nota editorial

Este artigo faz parte do portal Cognos Space, um espaço de ideias, educação e reflexão, mantido pelo Colégio Cognos.

As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente o posicionamento institucional do colégio, mas contribuem para o debate e formação crítica dos leitores. 

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