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Quais são os 5 conselhos para melhorar a saúde emocional?

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A saúde emocional se torna um assunto primordial para ser compreendido na vida de inúmeras pessoas, seja no ramo profissional, educacional e especialmente pessoal.

Desde a virada do século, o assunto ganha mais notoriedade, inclusive pelos vários problemas que a ausência desse assunto provoca nas pessoas.
Dentre os problemas, são vários inimigos em comum:
Estresse, ansiedade, SPA (Síndrome do pensamento acelerado), conflitos entre familiares, Síndrome do pânico, ausência de empatia e vários outros.
E não é nenhum exagero afirmar isso. O maior prejuízo ocorre muito mais do lado de dentro.
Os fatores internos e mal resolvidos prejudicam muito mais do que fatores externos.
Em síntese, sempre aprendemos a lidar com situações externas e palpáveis, enquanto o que acontece na parte interior é deixado de lado, como se fosse algo inferior e sem muita importância.

Parafraseando o Dr. Augusto Cury: “Aprendemos a lidar com o mundo em que estamos, mas não aprendemos a lidar com o mundo que somos”.

Tempos difíceis, pedem medidas drásticas. Ou nem tanto.

Toda essa história, portanto, não é tão complicada assim.
A saúde emocional ou saúde mental é o bem-estar psicológico em geral.
Isso inclui a forma de se sentir em relação a si mesmo, a qualidade das relações e a capacidade de controlar os sentimentos e de enfrentar as dificuldades.
A boa saúde emocional não é apenas a ausência de problemas de saúde mental.
Estar mentalmente ou emocionalmente saudável é muito mais que estar livre da depressão, ansiedade ou outros problemas psicológicos.
A saúde mental e emocional se refere a presença de características positivas, como autoconfiança, capacidade de lidar com o estresse e se recuperar de uma adversidade, amor pela vida, capacidade de rir e se divertir, capacidade de construir e manter relações satisfatórias e flexibilidade para aprender coisas novas e se adaptar às mudanças, entre outras.[1]
Agora, deixando os exageros da foto a parte, tente seguir alguns conselhos que listei abaixo.

1 — O Problema que gera seus Problemas


“Quando você examina um problema e acha que ele é simples, você não se deu conta de quão complexo ele é.
Depois que você mergulha no problema…
Percebe que ele é complicado e começa a encontrar muitas soluções rebuscadas. É aí que a maior parte das pessoas para.
Mas alguém realmente bom vai continuar, vai descobrir o problema que está por trás de tudo e encontrar uma solução elegante que funcione em todos os níveis.”

Steve jobs em entrevista a billboards em 2004.

O problema que gera todos os problemas, é a covardia, preguiça ou simples adiamento rotineiro para “bater de frente” com eles.
Vamos para alguns detalhes agora.
Verdade seja dita:
Existem problemas que podem ser inevitáveis. Pode ter certeza, com esses é preciso ter um “mano a mano” para vencer.
Uma hora ou outra essa categoria vai surgir.
Outra verdade seja dita:
Existem muitos outros problemas que são evitáveis.
A maioria deles.
E dentro da categoria de “evitáveis” existe 4 espécies deles:
• Problemas Adotados
• Problemas criados
• Problemas Imaginários
• Problemas Cumulativos

Você se identificou com alguma espécie de problema em relação ao que vive?
Então não pare. Como Jobs destacou, seja realmente bom e continue até encontrar uma solução elegante. Sua saúde mental agradece por deixar os problemas resolvidos, e não ignorados no escanteio.

2 — O Princípio dos Minúsculos Ajustes

No livro Agilidade emocional, de Susan David, Ph. D. em Psicologia da universidade de Harvard, é citado a seguinte pesquisa:
“Psicólogos desejavam observar casais “no seu habitat natural”.
Como teria sido um pouco estranho se eles se mudassem para a casa desses casais, os pesquisadores escolheram a segunda melhor alternativa e criaram um apartamento tipo estúdio no seu laboratório.

A moradia improvisada estava situada em um ambiente semelhante a um parque, na Universidade de Washington, em Seattle, e consistia de um único aposento com alguma mobília, um aparelho de televisão e um equipamento de som.

Os casais concordaram em passar 24 horas expostos – um casal de cada vez – com o período geralmente começando na manhã de domingo.
Era pedido a cada um deles que levassem gêneros alimentícios e todas as coisas que fossem precisar para as suas atividades habituais de fim de semana dentro de casa – filmes, livros, até mesmo trabalho.

A única outra instrução era que eles passassem o dia como se estivessem em casa. Eles eram filmados durante 12 das 24 horas, geralmente das nove da manhã às nove da noite.

A maneira como os casais reagiam a tudo revelavam muita coisa a respeito do futuro de cada casal.
Uma das coisas que mais impressionaram a equipe de pesquisa foi a maneira como as pessoas faziam “propostas de conexão emocional” e respondiam a elas, ou esforços para tentar se comunicar. Os pesquisadores organizaram essas propostas em uma hierarquia baseada na quantidade de envolvimento que cada uma delas exigia.
Indo da mais baixa para a mais alta, as propostas eram assim:
Uma simples proposta para obter a atenção do parceiro: ”.Aquele barco é bonito”.
Uma proposta para obter o interesse do parceiro: “O seu pai não velejava em um barco como esse?”.
Uma proposta para um envolvimento entusiástico: “Nossa, com um barco assim poderíamos velejar pelo mundo”.
Uma proposta para estender a conversa: “Você tem ligado ultimamente para seu irmão? Ele acabou consertando o barco?”.
Uma proposta para brincar: enrolar um jornal e bater de leve com ele na cabeça do parceiro, dizendo: “Pronto. Tive vontade de fazer isso o dia inteiro”.

Uma proposta de humor: “Um rabino, um padre e um psiquiatra saem para velejar … “.
Uma proposta de afeto: “Preciso de um abraço”, ou algo semelhante, porém frequentemente de uma maneira não verbal.
Uma proposta para apoio emocional: ‘Ainda não consigo entender por que não consegui aquela promoção”.
Uma proposta para a autorrevelação: “Como era quando você saía para velejar com seu avô quando era criança?”.
Embora pudessem parecer aparentemente inconsequentes, esses minúsculos comportamentos eram os melhores indicadores de como cada casal iria se sair a longo prazo.

Em um acompanhamento realizado seis anos depois, os casais nos quais um dos dois parceiros tinha respondido com intimidade a apenas três de cada dez propostas já estavam divorciados, enquanto aqueles que tinham respondido com intimidade a nove de cada dez propostas ainda estavam casados.”
Pequenos ajustes causam grandes resultados.
A pesquisa foi realizada em torno de casais e sob o contexto matrimonial, mas mesmo que você seja solteiro, a lição embutida nisso também se aplica a você.

É mais ou menos como meu pai costuma falar: “não adianta querer abraçar o mundo todo de uma vez”.
O fruto de querer dar esse abraço monstruoso é meio inevitável, sua certeza de que vai dar errado não tem margem de erro. Seja qual for a área da sua vida em que for aplicado.

Agora, ajustar as pequenas coisas pode causar um poderoso impacto.
Quando fazer isso nos permite equilibrar nosso comportamento mais estreitamente com aquilo que realmente importa para nós, a famosa frase “devagar e sempre” começa a fazer sentido e passa a algo parecido com “aos poucos e sempre”.

Em um primeiro momento tudo o que é feito, dito ou demonstrado pode parecer um tanto quanto trivial e até pitoresco, entretanto, “minúsculos comportamentos se realimentam de si mesmos” segundo Susan David.

“Quando temos por meta pequenos ajustes, o custo do fracasso é bem pequeno. Quando sabemos que temos pouco a perder, nossos níveis de estresse diminuem e nossa confiança aumenta,” complementa a autora.

Preserve sua saúde mental fazendo minúsculos ajustes, antes que sua bola de neve fique grande demais e não seja mais possível conter o avalanche iminente.

3 — Reciclagem do Lixo Psíquico

Um ensinamento comum que é passado desde nossa mais antiga infância, é a respeito da sustentabilidade global e suas vertentes.

Sempre ouvimos falar e até ensinamos assuntos como esses, seja a importância de joar o lixo no local correto, evitar poluir o ecossistema e preservar ao máximo o “verde” nas grandes metrópoles.

O que é válido. Pois temos apenas esse planeta para viver, algo parecido com o mínimo que é necessário para podermos simplesmente respirar, se encontra anos-luz de nosso pálido ponto azul.

Mas e quanto ao que acontece dentro da nossa cabecinha?
No livro gestão da emoção, o Dr. Augusto Cury retrata de maneira brilhante esse conselho.
No livro é dito que o Homo sapiens não tem como anular os arquivos de sua memória por vontade consciente, tanto o que presta e potencialmente o que não faz bem para a saúde emocional.

Mas é possível transformar seu lixo emocional em adubo. Ser um jardineiro de janelas saudáveis nos solos da memória.
“O papel principal do ser humano é dirigir o script de sua história, e isso não inclui apagar o passado, mas sim reeditá-lo no presente.” explica o Dr. Augusto Cury.

A cada crise, renova-se a esperança; a cada frustração, introduzem-se novas ideias; a cada lágrima, irriga-se a sabedoria.
Só se muda a história escrevendo outra, e não anulando a anterior.
Reciclar o lixo da memória (pensamentos perturbadores, humor deprimido, timidez e insegurança) no exato momento em que ele aparece é uma atitude inteligentíssima para quem quer gerir a emoção.

É surpreendente observar quanto o ser humano é intolerante com o lixo físico e tolerante com o lixo psíquico; não suporta alimentos espalhados pela cozinha, papéis e outros objetos dispersos pela sala ou escritório, porém suporta o lixo que acumula no território da emoção.
Fica a dica!

4 – Corra da Autopiedade


Leia as frases a seguir e veja se alguma delas se aplica a você:

  • Você tende a pensar que seus problemas são maiores que os dos outros.
  • Se não fosse pela má sorte, certamente você não teria problema algum.
  • Seus problemas parecem se acumular muito mais rapidamente que os dos
  • outros.
  • Você está razoavelmente convencido de que ninguém entende de verdade
  • como sua vida é difícil.
  • Às vezes você evita atividades de lazer e compromissos sociais para poder
  • ficar em casa pensando sobre seus problemas.
  • É mais provável que você compartilhe com as pessoas as experiências ruins
  • do seu dia do que as boas.
  • Com frequência você se queixa de as coisas não serem justas.
  • Para você, às vezes é difícil encontrar algo pelo qual seja grato.
  • Você acha que os outros são abençoados com uma vida mais fácil.
  • De vez em quando, você se pergunta se o mundo está contra você.

E então?
Você consegue se ver em algum dos exemplos citados?
A autopiedade é capaz de consumi-lo até transformar seus pensamentos e seu comportamento, mas você deve tomar o controle da situação. Mesmo que não possa modificar as circunstâncias, você pode mudar sua maneira de reagir a elas.

No livro “13 coisas que as pessoas mentalmente fortes não fazem”, da autora Amy Morin, é colocado 2 perguntas interessantes:

  • Se a autopiedade é tão destrutiva, por que nos deixamos levar por ela?
  • E por que, de vez em quando, é tão fácil e reconfortante cair nessa armadilha?


Sentir pena de si mesmo é um comportamento autodestrutivo que leva a novos problemas e pode trazer sérias consequências.
Veja alguns pontos apresentados no livro:

  • É uma perda de tempo. Quando sentimos pena de nós mesmos, gastamos muita energia mental e não fazemos nada para mudar a situação. Mesmo que você não possa resolver o problema, pode escolher enfrentar os obstáculos da vida de forma positiva. Sentir pena de si mesmo não vai deixá-lo mais perto de uma solução.
  • Leva a mais emoções negativas. Se você deixar que a autopiedade assuma o controle, ela dará início a uma enxurrada de emoções negativas. Você pode começar a sentir raiva, ressentimento, solidão e outros sentimentos que alimentam ainda mais os pensamentos negativos.
  • Pode se tornar uma profecia autorrealizável. Sentimentos de autopiedade podem levar a uma vida deplorável. É improvável que você consiga dar o melhor de si quando se entrega a sentimentos de autocomiseração. Como consequência disso, você pode encontrar mais problemas e fracassos ainda maiores, o que vai dar início a um círculo vicioso.
  • Impede você de lidar com outras emoções. A autopiedade é um obstáculo quando temos que lidar com o luto, a tristeza, a raiva e outras emoções. Ela pode estagnar seu processo de cura porque mantém o foco na razão pela qual as coisas deveriam ser diferentes, não na necessidade de aceitarmos a situação como ela é.
  • Faz você deixar de notar as coisas boas da vida. Se cinco coisas boas e uma ruim aconteceram no seu dia, a autopiedade vai fazer você se concentrar apenas naquela única coisa ruim. Quando você sente pena de si mesmo, deixa de perceber os aspectos positivos da vida.
  • Atrapalha suas relações. Uma mentalidade vitimista não é uma característica atraente. Ficar reclamando da vida faz os outros se cansarem muito rápido de você. Ninguém diz: “O que eu realmente gosto nela é que ela vive se lamentando.” Uma alternativa: comece adotando a gratidão como prática. Alguns pontos sobre a prática da gratidão:
  • Mantenha um diário da gratidão. Todos os dias, escreva ao menos uma coisa pela qual você é grato. Pode ser algo pequeno, como respirar ar puro ou ver o sol brilhar, ou bênçãos maiores, como seu emprego e sua família.
  • Diga por que você é grato. Se não conseguir manter um diário, crie o hábito de dizer por que você é grato. Todo dia, ao acordar e na hora de se deitar, encontre alguma dádiva da vida e agradeça por ela. Faça isso em voz alta, mesmo que apenas para si mesmo, pois, ao ouvir as palavras de agradecimento, seu sentimento de gratidão vai aumentar.
  • Mude o foco quando sentir autopiedade. Quando perceber que está começando a sentir pena de si mesmo, mude o foco. Não se permita continuar pensando que a vida não é justa ou que deveria ser diferente. Em vez disso, sente-se e faça uma lista mental das pessoas, circunstâncias e experiências pelas quais deve se sentir grato. Se mantiver um diário, abra-o e comece a lê-lo.
  • Pergunte aos outros por que eles são gratos. Puxe conversas sobre gratidão para descobrir por que as outras pessoas se sentem gratas. Ouvir o que os outros têm a dizer pode lembrá-lo de mais áreas da vida que mereçam a sua gratidão.
  • Ensine as crianças a serem gratas. Se você tem filhos, ensiná-los a agradecer pelo que têm pode ajudá-lo a manter sua própria atitude sob vigilância. Pergunte a seus filhos por que se sentem gratos e faça disso um hábito. Peça que todos na família escrevam em pedaços de papel por que se sentem gratos e coloque-os num vaso da gratidão ou em um quadro de avisos. Isso vai proporcionar a sua família um jeito divertido de incorporar a gratidão ao cotidiano.

Corra da autopiedade e seja mais grato!

5 – Compreender seu Tempo

Sinceramente não sei qual é a sua religião e também não é da minha conta.
Mas, venhamos e convenhamos: Salomão sempre foi tido como um dos homens mais sábios que já passou por nosso planeta.
Portanto, para finalizar, vejo que sua reflexão de que “para tudo há um determinado,” é ideal para fortificar sua saúde emocional. Confira:


"Há um momento certo para tudo, um tempo para cada atividade debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de colher.
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de construir.
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de se entristecer, e tempo de dançar.
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar, e tempo de se afastar.
Tempo de procurar, e tempo de deixar de buscar; tempo de guardar, e tempo de jogar fora.
Tempo de rasgar, e tempo de remendar; tempo de calar, e tempo de falar.
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
O que as pessoas ganham com tanto trabalho árduo?
"

Imagem da capa: https://www.vidanovametabolica.org.br/

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