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3 anos atrásem
“Aquela empresa não tem ninguém que ore!” Você já ouviu alguém dizer isso? Você já disse ou pensou isso? Geralmente, uma afirmação como essa prediz que o sucesso – e até mesmo a sobrevivência – de um empreendimento empresarial é improvável, na melhor das hipóteses. Mesmo orações, ela sugere, não iriam ajudar.
Entretanto, eu gostaria de propor olharmos para a questão a partir de uma perspectiva diferente. Devido à minha experiência, muitas empresas grandes e pequenas fracassam precisamente por deixarem de envolver a oração. Ao invés de buscarem a sabedoria de Deus e se voltarem para Ele para ter direção, donos e administradores determinam estabelecer o seu próprio curso. Não há espaço para considerar o que Deus estaria pensando sobre suas intenções.
Conheci muitas pessoas que tiveram aquilo que consideravam ser ideias à prova de fracassos. Elas desenvolveram planos de negócios, conseguiram financiamento para iniciar operações, recrutaram parceiros e reuniram estratégias de marketing impressionantes. Mas estava faltando uma coisa: elas não oraram sobre o que estavam prestes a fazer, presumindo que teriam as bênçãos de Deus.
A um amigo da área de desenvolvimento de imóveis industriais, por exemplo, foi apresentada uma oportunidade daquelas que aparentemente não se pode perder. Ele obteve os fundos necessários, trouxe para o projeto parceiros entusiasmados e fez tudo aquilo que uma pessoa típica do ramo de negócios poderia fazer. Exceto orar. Anos mais tarde, o seu “projeto que não se pode perder” estava à beira da falência, deixando meu amigo lutando para se desembaraçar do seu dilema.
Ainda assim, a ideia de incluir orações no processo de planejamento de negócios de alguém geralmente é recebida com indiferença, e até ceticismo. Por que dar-se ao incomodo de orar sobre o que pretendemos fazer no ambiente de trabalho? O que Deus tem a ver com negócios, afinal? Se acreditamos nas Escrituras, na realidade, Ele tem muito a ver com o que sucede ao um empreendimento, se ele vai sobreviver e prosperar ou fracassar. Considere apenas alguns princípios importantes:
A direção de Deus é de longe superior à nossa. De onde nós conseguimos nosso intelecto, experiência, paixão e talentos inatos para dedicar-nos a um grande empreendimento de negócios? Nós podemos ter trabalhado duramente para desenvolver e refinar nossas habilidades, mas a “matéria prima” com que iniciamos veio de Deus. Quando nós O envolvemos em nosso planejamento reconhecemos tudo o que Ele já fez e o que Ele pode fazer. “Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.” (Provérbios 16:9). “Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho?” (Provérbios 20:24).
O pensamento de Deus supera de longe o nosso. Duas atitudes para com Deus são perigosas para o planejamento de negócios: ignorá-Lo totalmente ou presumir que tudo o que fizermos é aceitável por parte dEle desde que seja legal. Em nossa prontidão para seguir em frente decidimos não consultar o Senhor de antemão. O que é uma infelicidade, porque fatores que não levamos em consideração podem ser revelados por meio da oração ou Ele poderia nos indicar um plano melhor. “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” (Provérbios 16:3). “Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.” (Provérbios 19:21).
O senso de oportunidade de Deus é muito melhor que o nosso. Em nossa mente, geralmente sentimos a necessidade de agir imediatamente, temendo perder a oportunidade perfeita. As Escrituras ensinam que deveríamos ser sábios e agir com precaução e expectativa permanecendo em oração. “Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência…Espere no Senhor e siga a Sua vontade. Ele o exaltará, dando-lhe a terra por herança…(Salmos 37:7, 34).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de “Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today’s Workplace” e “Tufting Legacies” (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu “The heart of Mentoring” e tem editado numerosos outros livros, incluindo “Advancing Through Adversity”, por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglêse japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Com que frequência você já ouviu falar sobre líderes empresariais que separam um tempo e se comprometem a orar a Deus, pedindo Sua sabedoria e direção antes de agirem? Em sua opinião, por que acontece isso?
2. Você já passou por um momento em que orou sinceramente sobre um negócio importante ou decisão em sua carreira, disposto a se submeter caso o Senhor mudasse seus planos ou direção? Explique as circunstâncias e o resultado.
3. O que você acha que significa o Provérbio que diz “O homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.”?
4. Por que é tão difícil seguir a admoestação de Salmos que diz: “Descanse no Senhor e aguarde por Ele”? A falta de disposição de descansar e esperar no Senhor representa falta de fé? Por quê?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 11:14; 12:15; 15:22; 16:4; 19:20; 21:30-31; 27:1.
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