Aquela faísca ou pequeno “choque” que sentimos ao tocar em alguém ou em uma maçaneta de metal pode parecer algo misterioso, mas é apenas eletricidade estática — um fenômeno físico completamente natural e que acontece o tempo todo ao nosso redor.
A eletricidade estática surge quando há um desequilíbrio de cargas elétricas entre dois corpos. Quando dois materiais entram em atrito, como nossas roupas e o corpo, os elétrons (partículas carregadas negativamente) podem se mover de um objeto para o outro. Esse acúmulo de carga fica “guardado” em nossa pele ou roupa, até que encontramos algo com carga diferente — como um metal, uma outra pessoa ou até uma porta de carro. Nesse momento, ocorre uma descarga elétrica rápida, que é o famoso “choquinho”.
O fenômeno é mais comum em dias secos ou frios, porque o ar com pouca umidade dificulta a dissipação das cargas elétricas. No calor ou em locais úmidos, as moléculas de água presentes no ar ajudam a neutralizar a eletricidade antes que ela cause o choque. Por isso, quem mora em cidades com clima seco ou usa roupas sintéticas (como poliéster) costuma sentir mais esse tipo de descarga.
Além disso, superfícies metálicas e objetos condutores, como maçanetas, elevadores e carros, facilitam a descarga, já que o metal conduz eletricidade com facilidade. O mesmo pode acontecer entre duas pessoas, especialmente se uma delas acumulou carga andando por um tapete ou esfregando roupas de tecido sintético.
Esse “choque” é totalmente inofensivo, mas pode ser desconfortável. Uma maneira de evitar é aumentar a umidade do ambiente, usar hidratantes (que diminuem o acúmulo de cargas na pele) e evitar roupas de tecidos sintéticos em dias secos.
No fundo, o pequeno choque é só o jeito que a natureza tem de equilibrar as cargas elétricas — e lembrar que, mesmo nas situações mais comuns do dia a dia, a física está sempre presente.
Nota editorial
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