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O Custo Destrutivo da Fraude

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Quando iniciei minha carreira em bancos, uma de minhas responsabilidades era investigar fraudes bancárias.Um dos casos de fraude que investiguei dizia respeito ao presidente de um banco que parecia ter determinado que seu salário e benefícios, embora robustos, não eram suficientes.

Para “corrigir” esse problema, aquele alto executivo bancário começou a produzir falsos relatórios de despesas com viagens, dizendo ter feito de carro o trajeto até a sede do banco – quatro horas de ida e quatro de volta – várias vezes por mês.  Como seus hábitos de consumo continuavam a crescer, o mesmo acontecia com a sua fraude. Seu desejo insaciável por mais o levou a se tornar mais agressivo em sua falsa reivindicação de gastos com viagens.  

Entretanto, como ocorre frequentemente, as atividades fraudulentas do executivo não poderiam ficar ocultas para sempre. Um caixa do banco descobriu o logro e relatou as ações do presidente do banco. Ele foi preso, julgado pela lei, condenado por fraude e mandado para a prisão.  

Infelizmente, a prática de fraudes é comum – até mesmo desenfreada – nos dias atuais. Seja na esfera financeira, na indústria manufatureira, no comércio varejista ou em qualquer outro campo de empreendimento, existem aqueles que não se satisfazem com o que têm. Pessoas que outrora eram tidas em alta consideração e ocupavam posições de autoridade viram suas vidas destruídas, ao serem movidas pela ganância, orgulho, inveja, ciúmes e outras motivações que a Bíblia define como “pecado”. 

Podemos aprender muito com as Escrituras sobre tais práticas, avisos sobre as severas consequências que podem resultar delas – não apenas para os indivíduos que cometem tais atos desonestos, mas também para seus familiares e muitos daqueles que confiaram neles. Aqui estão alguns exemplos:  

O poder destrutivo da ganância insaciável.  Quando o desejo não está sob controle, a resposta para a pergunta “Quanto mais é suficiente?” é sempre “Somente um pouquinho mais”. “O Sheol [mundo dos mortos] e a Destruição são insaciáveis, como insaciáveis são os olhos do homem.” (Provérbios 27:20). “O avarento põe sua família em apuros, mas quem repudia o suborno viverá.” (Provérbios 15:27). 

Recompensas temporárias com consequências permanentes.  A fraude sempre tem o foco concentrado sobre objetivos de curto prazo, ignorando a ruína de longo prazo que tal desonestidade pode causar – para o emprego, carreira, reputação e vida de uma pessoa. “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais.” (Provérbios 13:11). “Os tesouros de origem desonesta não servem para nada, mas a retidão livra da morte.” (Provérbios 10:2). 

A sabedoria de escolher o contentamento e não o desejo por mais.  A determinação de estar satisfeito com seja o que for que tivermos e a resolução de avançar na carreira com integridade sustentando padrões éticos elevados previnem dor e sofrimentos inimagináveis. “Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu Te negaria e Te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor?’.  Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus.” (Provérbios 30:8-9).

Você pode imaginar o que foi para aquele presidente de banco, apanhado numa teia de mentiras e desonestidade, saber que a qualquer momento seus atos fraudulentos poderiam ser expostos e que sua vida e tudo o mais à sua volta poderiam ser destruídos? Aprender a disciplinar a nós mesmos a vivermos dentro dos limites dos nossos meios financeiros é mais proveitoso do que a desonestidade, com suas potenciais penalidades.  

Próxima semana tem mais!


Rick Boxx é presidente e fundador da “Integrity Resource Center”, escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de “Momentos de Integridade com Rick Boxx”, um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã.  Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).


MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL –  E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês,e japonês.


Questões Para Reflexão ou Discussão  

1. Em sua opinião, por que é tão atraente para certas pessoas cometer fraudes, seja reivindicando falsos reembolsos de despesas, desviando ou roubando valores? 

2. Mesmo tendo consciência das severas consequências, tais indivíduos ainda assim executam seus esquemas fraudulentos. Por que as possíveis penalidades, até mesmo uma sentença de prisão, não são suficientes para impedir a desonestidade deles? 

3. Que medidas uma pessoa pode tomar para evitar as tentações de adotar atalhos morais e éticos na busca por satisfazer desejos gananciosos e egocêntricos? 

4. Como a fé de uma pessoa em Deus e o entendimento dos princípios bíblicos servem como salvaguarda contra cair em tais tentações? 

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 10:9;  11:3;  13:6;  15:16;  17:23;  20:17;  Mateus 6:13;  I Coríntios 10:12-13.  

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