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3 semanas atrásem
Quem nunca acordou achando que seu sonho era verdade? A sensação de realidade durante os sonhos é um fenômeno comum e fascinante, e a ciência está constantemente buscando respostas para entender o que acontece com nosso cérebro enquanto dormimos. Vamos explorar o que torna os sonhos tão reais e por que acordamos com lembranças tão vívidas.
Nosso cérebro não “desliga” quando dormimos. Ele apenas altera a forma como funciona. Durante o sono, passamos por cinco fases, e a última delas é a fase REM (Movimento Rápido dos Olhos), onde os sonhos mais intensos acontecem. Durante essa fase, algumas áreas do cérebro, como o córtex visual e o sistema límbico (responsável pelas emoções), tornam-se extremamente ativas, quase como se estivéssemos acordados. Isso explica por que os sonhos costumam parecer reais: nosso cérebro está ativo, mas sem a conexão com o mundo exterior.
Durante o sono REM, o sistema límbico é particularmente estimulado, o que significa que os sonhos são frequentemente cheios de emoções intensas, como medo, felicidade ou ansiedade. Essas emoções fazem com que as situações do sonho sejam sentidas como reais, mesmo que envolvam coisas improváveis. É por isso que, ao sonhar, sentimos o peso emocional de cada experiência, o que dá uma sensação de realidade ao sonho.
Durante o sono, o córtex pré-frontal, responsável pela lógica e pelo raciocínio crítico, está menos ativo. Isso permite que aceitemos situações absurdas, como voar, estar em lugares impossíveis ou conversar com animais. Como nosso pensamento crítico está “desligado”, não questionamos a realidade dos eventos do sonho, o que contribui para que ele pareça mais real.
Embora estejamos dormindo, nossos sentidos ainda estão parcialmente ativos. É por isso que alguns sons, cheiros ou sensações físicas podem ser incorporados aos sonhos. Se algo ao nosso redor faz barulho, como o despertador, nosso cérebro pode transformar esse som em parte da experiência do sonho, tornando-o ainda mais realista. Esses estímulos externos se integram ao sonho, fazendo com que ele pareça mais “físico”.
Nossos sonhos podem parecer episódios reais porque o cérebro usa memórias e fragmentos de experiências anteriores para compor o que sonhamos. O cérebro busca familiaridade, então ele reconstrói cenas e situações com base em lembranças e em pessoas que já conhecemos. Além disso, a sensação de continuidade, como se estivéssemos vivendo uma situação em tempo real, torna os sonhos mais “verossímeis”.
Às vezes, acordamos tão imersos na realidade do sonho que demoramos alguns segundos para entender que não era real. Esse efeito ocorre porque o cérebro ainda está se ajustando ao estado de vigília. Os sentimentos, imagens e sensações intensas do sonho podem permanecer por alguns instantes, o que ajuda a reforçar a experiência como algo real.
Os sonhos são uma mistura incrível de emoções, memórias e percepções sensoriais que fazem com que as experiências pareçam reais. Embora ainda existam muitos mistérios a desvendar sobre por que sonhamos e como os sonhos se formam, sabemos que nosso cérebro desempenha um papel complexo, combinando realidade e fantasia enquanto descansamos. Cada sonho é como um “filme” exclusivo, produzido por nosso próprio cérebro, que nos deixa cada vez mais intrigados com o poder da mente.
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