O instituto Gallup de pesquisas entrevistou milhares de pessoas nos Estados Unidos para determinar em quais instituições elas depositavam mais confiança*. Depois das forças armadas, que ficaram em primeiro lugar, os pequenos negócios vieram em seguida na classificação do Gallup, com 68% das pessoas inquiridas declarando que confiavam em pequenos empreendimentos comerciais mais do que em outras instituições.
Grandes empresas, porém, ficaram em décimo segundo lugar com um nível de confiança de apenas 23%. São muitos os motivos possíveis para explicar a distância enorme entre os pequenos negócios, de propriedade privada, e as grandes corporações. Nossa intenção não é acusar as grandes empresas; muitas são vitais para a nossa sociedade e se esforçam por manter um equilíbrio saudável entre lucros e o compromisso para com aqueles que adquirem seus produtos e serviços. Mas o que salta aos olhos nessa pesquisa é que aparentemente os pequenos negócios têm uma excelente oportunidade de se beneficiar com a confiança do público para proveito de todos.
As pequenas empresas, é claro, têm muitas desvantagens quando competem com grandes negócios, incluindo-se aí o poder de compra, recursos humanos e financeiros, influência e, em muitos casos, reconhecimento do nome. Entretanto, utilizando sabedoria e criatividade, líderes de pequenas empresas podem ser capazes de desenvolver estratégias para alcançar sucesso no presente e no futuro.
Por exemplo: como você compararia a ida a uma grande loja de departamentos – dessas que geralmente compõem uma grande rede – que conta com um mínimo de funcionários, com a ida a uma pequena loja de varejo que tem vendedores prontos e ansiosos para lhe dar assistência no que você precisar? Você já se sentiu frustrado ao tentar resolver um problema com a fatura de uma grande companhia, vendo-se forçado pelas usuais respostas automatizadas ou tendo que falar com alguém em uma cidade distante? Um pequeno negócio não somente pode ser mais acessível, como também desenvolver um relacionamento pessoal com seus clientes.
Embora a Bíblia não faça distinção entre grandes e pequenos negócios em seus ensinamentos, ela na verdade oferece princípios que empreendimentos de menor porte podem usar em seu proveito. Aqui estão alguns deles:
Sabedoria pode ser um guia na identificação do mercado certo. Uma pequena empresa pode não ter acesso a todos os recursos disponíveis a um grande negócio, mas buscando a sabedoria que vem de Deus e sendo sensível às necessidades de seus clientes, pode tomar boas decisões. “O sábio conquista a cidade dos valentes e derruba a fortaleza em que eles confiam.” (Provérbios 21:22).
É fundamental que seus diretores compartilhem os mesmos valores. Ser um empreendedor ou possuir um pequeno negócio não significa ter que trabalhar sozinho. Além de formar a equipe certa, não pode ser subestimada a importância de haver “um quadro de diretores” composto por amigos e parceiros de confiança que compartilhem as mesmas crenças e valores. “Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros.” (Provérbios 15:22).
Construindo uma empresa com base na boa vontade. A filosofia “cliente em primeiro lugar” é uma forma de assegurar seu retorno para outros negócios. Uma grande corporação pode seguir uma abordagem semelhante, mas algumas vezes os interesses dos acionistas se sobrepõem à atenção personalizada para os clientes. É geralmente mais fácil focar nas necessidades individuais do cliente numa pequena empresa. “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2:3-4).
Próxima semana tem mais!
(*) https://news.gallup.com/poll/1597/confidence-institutions.aspx
Rick Boxx é presidente e fundador da “Integrity Resource Center“, escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de “Momentos de Integridade com Rick Boxx“, um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2021 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês,e japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Qual sua reação ao saber que a pesquisa mostrou um nível mais elevado de confiança nos pequenos empreendimentos do que nas grandes corporações? Quais os fatores responsáveis pela diferença em sua opinião?
2. Se você trabalha ou possui um pequeno negócio, como esse relato sobre a alta consideração que as pessoas têm pelo seu tipo de empreendimento faz você se sentir? Se você faz parte de uma grande corporação, você acredita que essa disparidade nos níveis de confiança é justificada? Explique sua resposta.
3. Como uma pessoa pode buscar sabedoria ao tomar decisões no ambiente de trabalho, especialmente quando se opera na esfera dos pequenos negócios? Qual tem sido sua experiência ao confiar na sabedoria coletiva de conselheiros fiéis?
4. Você concorda que pode ser uma vantagem para os pequenos negócios sua capacidade de colocar os interesses dos clientes em primeiro lugar? Quais as potenciais armadilhas da filosofia que declara que “o cliente tem sempre razão”?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 11:1, 14, 25; 16:11; 19:20; 22:4; 27:23-27; 28:20; Marcos 12:30-31; Lucas 6:31.
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