Você já percebeu que é mais difícil respirar quando subimos uma montanha ou viajamos para lugares muito altos? Isso acontece porque o ar fica mais rarefeito em grandes altitudes — ou seja, ele contém menos moléculas de oxigênio disponíveis para nossa respiração.
Na superfície da Terra, o ar está sob uma pressão muito maior, causada pelo peso da própria atmosfera. Imagine uma pilha de travesseiros: os que estão embaixo são comprimidos pelo peso dos de cima. Com o ar acontece algo parecido. Perto do nível do mar, o ar é mais “apertado”, com as moléculas mais próximas umas das outras. À medida que subimos, há menos ar acima para pressionar as camadas inferiores, então as moléculas ficam mais espalhadas — o ar se torna mais leve e menos denso.
Mesmo que a proporção de oxigênio na atmosfera continue a mesma (cerca de 21%), o número total de moléculas diminui. Isso significa que, a cada respiração, entra menos oxigênio nos pulmões. Por isso, em grandes altitudes — como nos Andes, no Himalaia ou mesmo em cidades elevadas como La Paz, na Bolívia — muitas pessoas sentem falta de ar, tontura e cansaço. É o chamado mal da altitude.
Com o tempo, o corpo humano pode se adaptar. Ele passa a produzir mais glóbulos vermelhos, responsáveis por transportar oxigênio no sangue, e melhora a eficiência da respiração. Essa adaptação é essencial para quem vive ou pratica esportes em lugares de alta montanha.
Portanto, o ar se torna mais rarefeito em grandes altitudes porque há menos pressão atmosférica comprimindo as moléculas. Isso afeta diretamente nossa respiração e é uma das razões pelas quais o ambiente nas alturas é tão desafiador — e, ao mesmo tempo, fascinante.
Nota editorial
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