Se você já reparou, a maioria dos lápis que encontramos nas papelarias e escolas tem algo em comum: a cor amarela. Mas por que essa escolha? Afinal, não é como se a cor influenciasse a escrita. A resposta envolve história, marketing e até geografia.
A história começa no século XIX, quando o grafite de melhor qualidade do mundo era extraído de minas na Sibéria, na Rússia. Esse grafite era tão puro e macio que se tornou muito valorizado internacionalmente. Na época, a empresa americana L&C Hardtmuth, fabricante de lápis, queria destacar que usava esse grafite premium. Para isso, lançou em 1890 o lápis “Koh-I-Noor” (nome inspirado em um famoso diamante indiano).
Mas por que pintar o lápis de amarelo? A cor foi escolhida como símbolo de luxo e qualidade, já que o amarelo estava culturalmente associado à realeza e ao prestígio, especialmente na China, onde era usado pela família imperial. Essa ligação com o Oriente ajudava a reforçar a ideia de que o grafite vinha de uma origem “nobre” e distante.
O marketing deu tão certo que outras fabricantes começaram a copiar, e o amarelo acabou virando um padrão para indicar um lápis de qualidade. Com o tempo, essa tradição se espalhou pelo mundo, mesmo quando o grafite deixou de vir da Sibéria. Hoje, embora existam lápis de todas as cores, o amarelo ainda é o mais reconhecível e ligado ao design clássico.
Curiosidade extra: nos Estados Unidos, cerca de 75% dos lápis vendidos ainda são amarelos, enquanto em alguns países europeus outras cores predominam.
Nota editorial
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