Você já percebeu que, quando está se divertindo, as horas parecem voar, mas quando está entediado ou esperando algo, cada minuto parece durar uma eternidade? Essa sensação tem uma explicação ligada ao funcionamento do nosso cérebro e à forma como ele percebe o tempo.
Quando estamos engajados em uma atividade prazerosa — seja jogando, conversando com amigos ou assistindo a um filme interessante — nossa atenção fica totalmente focada no momento presente. Como não estamos monitorando o relógio, o cérebro não registra cada segundo de maneira consciente. Assim, quando olhamos para trás, parece que o tempo simplesmente evaporou.
Por outro lado, em situações de tédio ou desconforto, ficamos mais atentos à passagem do tempo. Esse excesso de atenção faz com que cada intervalo seja registrado de forma mais intensa, dando a sensação de que o tempo está se arrastando.
Há também uma explicação ligada à neuroquímica. Atividades prazerosas estimulam a liberação de dopamina, neurotransmissor relacionado à motivação e à recompensa. Esse estado de prazer e engajamento faz com que a percepção temporal seja distorcida, reforçando a impressão de que o tempo voa.
Curiosamente, essa relação entre emoção e percepção do tempo é estudada até mesmo na psicologia do envelhecimento. Pessoas que vivem rotinas mais repetitivas tendem a sentir que os anos passam mais rápido, justamente porque o cérebro registra menos “novidades” no dia a dia.
Portanto, quando você sentir que as horas desapareceram em meio a uma atividade divertida, lembre-se: não é mágica, é apenas o seu cérebro reorganizando a forma como percebe o tempo.
Nota editorial
Este artigo faz parte do portal Cognos Space, um espaço de ideias, educação e reflexão, mantido pelo Colégio Cognos.
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