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Aprendizado

Sons que Atrapalham o Cérebro: Por que Alguns Barulhos Irritam Tanto?

Nicole Rizzutti Lemos

Publicado

em

Tempo de Leitura: 2 minutos

Você já sentiu vontade de sair correndo só porque alguém estava mastigando perto de você? Ou ficou irritado com o som de uma caneta clicando sem parar? Se sim, saiba que você não está sozinho — e a ciência tem explicações bem interessantes para isso.

Alguns sons causam uma reação exagerada no cérebro, despertando irritação, ansiedade e até raiva. E não, isso não é “frescura”: existe um nome para esse tipo de sensibilidade. Vamos entender o que acontece no nosso cérebro quando ouvimos sons que nos incomodam tanto.


Misofonia: quando o som vira gatilho

A resposta extrema a sons comuns é chamada de misofonia. Esse termo vem do grego e significa “ódio ao som”. Quem tem misofonia sente um desconforto intenso com barulhos específicos, como:

  • Mastigação
  • Respiração alta
  • Cliques repetitivos
  • Roer unhas
  • Teclear forte

Esses sons podem provocar raiva, irritação, ansiedade e, em casos mais graves, até vontade de fugir ou gritar.


O cérebro reage de forma exagerada

Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro de pessoas com misofonia funciona de maneira diferente. A amígdala cerebral, área ligada às emoções, reage de forma mais intensa aos sons que incomodam. Essa resposta emocional exagerada se espalha para outras áreas do cérebro, como o córtex insular anterior, que está ligado ao autocontrole e ao desconforto físico.

É como se o cérebro confundisse um som inofensivo com uma ameaça real, fazendo o corpo reagir como se estivesse em perigo.


Por que alguns sons incomodam tanto?

Nem todo mundo reage da mesma forma aos mesmos sons. O que irrita uma pessoa pode passar despercebido por outra. Isso acontece porque:

  • Cada pessoa tem experiências de vida diferentes
  • O cérebro associa sons a emoções passadas
  • Alguns sons são mais difíceis de ignorar, como os que se repetem ou têm frequência aguda

Além disso, os sons inesperados ou descontrolados (como alguém batendo com a caneta no fundo da sala) causam mais desconforto do que ruídos contínuos e previsíveis (como o barulho do ventilador).


Barulhos que atrapalham a concentração

Mesmo sem ter misofonia, muitas pessoas sentem dificuldade para se concentrar em ambientes barulhentos. Isso acontece porque o cérebro precisa de esforço extra para ignorar estímulos sonoros, o que cansa e reduz o foco.

Sons como:

  • Conversas paralelas
  • Trânsito
  • Música alta
  • Ruído de fundo constante

podem diminuir a produtividade e atrapalhar o aprendizado, principalmente durante os estudos.


Como lidar com sons irritantes?

Se você sente que certos sons atrapalham sua paz ou seu foco, aqui vão algumas dicas:

  • Use fones com cancelamento de ruído: eles ajudam a bloquear sons externos.
  • Experimente ouvir ruído branco ou música ambiente: isso pode mascarar sons desagradáveis.
  • Avise as pessoas com carinho: se for possível, diga que certos sons te incomodam.
  • Faça pausas em ambientes silenciosos: isso ajuda a “descansar” o cérebro.

Conclusão

A forma como reagimos aos sons é mais profunda do que parece. Barulhos simples podem acionar reações emocionais intensas, e entender isso ajuda a respeitar nossos próprios limites e os dos outros. Saber como o som afeta nosso cérebro é o primeiro passo para melhorar o foco, a convivência e até a nossa saúde mental.

ℹ️ Nota editorial

Este artigo faz parte do portal Cognos Space, um espaço de ideias, educação e reflexão, mantido pelo Colégio Cognos.

As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente o posicionamento institucional do colégio, mas contribuem para o debate e formação crítica dos leitores. 

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