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1 mês atrásem
Você já sentiu vontade de sair correndo só porque alguém estava mastigando perto de você? Ou ficou irritado com o som de uma caneta clicando sem parar? Se sim, saiba que você não está sozinho — e a ciência tem explicações bem interessantes para isso.
Alguns sons causam uma reação exagerada no cérebro, despertando irritação, ansiedade e até raiva. E não, isso não é “frescura”: existe um nome para esse tipo de sensibilidade. Vamos entender o que acontece no nosso cérebro quando ouvimos sons que nos incomodam tanto.
A resposta extrema a sons comuns é chamada de misofonia. Esse termo vem do grego e significa “ódio ao som”. Quem tem misofonia sente um desconforto intenso com barulhos específicos, como:
Esses sons podem provocar raiva, irritação, ansiedade e, em casos mais graves, até vontade de fugir ou gritar.
Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro de pessoas com misofonia funciona de maneira diferente. A amígdala cerebral, área ligada às emoções, reage de forma mais intensa aos sons que incomodam. Essa resposta emocional exagerada se espalha para outras áreas do cérebro, como o córtex insular anterior, que está ligado ao autocontrole e ao desconforto físico.
É como se o cérebro confundisse um som inofensivo com uma ameaça real, fazendo o corpo reagir como se estivesse em perigo.
Nem todo mundo reage da mesma forma aos mesmos sons. O que irrita uma pessoa pode passar despercebido por outra. Isso acontece porque:
Além disso, os sons inesperados ou descontrolados (como alguém batendo com a caneta no fundo da sala) causam mais desconforto do que ruídos contínuos e previsíveis (como o barulho do ventilador).
Mesmo sem ter misofonia, muitas pessoas sentem dificuldade para se concentrar em ambientes barulhentos. Isso acontece porque o cérebro precisa de esforço extra para ignorar estímulos sonoros, o que cansa e reduz o foco.
Sons como:
podem diminuir a produtividade e atrapalhar o aprendizado, principalmente durante os estudos.
Se você sente que certos sons atrapalham sua paz ou seu foco, aqui vão algumas dicas:
A forma como reagimos aos sons é mais profunda do que parece. Barulhos simples podem acionar reações emocionais intensas, e entender isso ajuda a respeitar nossos próprios limites e os dos outros. Saber como o som afeta nosso cérebro é o primeiro passo para melhorar o foco, a convivência e até a nossa saúde mental.
Este artigo faz parte do portal Cognos Space, um espaço de ideias, educação e reflexão, mantido pelo Colégio Cognos.
As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente o posicionamento institucional do colégio, mas contribuem para o debate e formação crítica dos leitores.
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