Quando você segura uma lata de refrigerante, pode não perceber, mas aquela parte de cima mais estreita – onde fica o lacre – é resultado de muita engenharia. Nada ali é por acaso. Esse formato, chamado de “necking”, é essencial para tornar a lata mais resistente, mais barata e mais eficiente para transportar.
Vamos entender por quê.
1. Economia de material sem perder resistência
A lata inteira é feita de alumínio, que é leve, reciclável, mas também caro.
Ao deixar a tampa menor do que o diâmetro do corpo da lata, as empresas economizam muito material.
- A tampa precisa ser mais resistente, pois é a parte que mantém o gás pressurizado lá dentro.
- Como fazer uma tampa resistente exige alumínio mais grosso, reduzir o tamanho da tampa significa gastar menos alumínio caro.
É economia inteligente: o corpo continua com um material mais fino e barato, e a tampa fica menor mas mais forte.
2. Melhor resistência à pressão interna
O refrigerante é cheio de gás. A lata precisa aguentar pressão sem estourar.
A parte superior estreita causa uma melhor distribuição da pressão, tornando a lata mais estável.
É como apertar uma garrafa com tampa pequena: o topo naturalmente resiste mais.
Esse formato também cria uma estrutura em “arco”, que é conhecida por ser muito forte na engenharia.
3. Mais fácil de empilhar e armazenar
O topo mais estreito cria uma borda na lata que:
- ajuda a encaixar a lata de baixo na de cima,
- impede que elas escorreguem,
- estabiliza o peso das pilhas.
Ou seja, facilita transporte, empilhamento e armazenamento em supermercados e caminhões.
4. Mais confortável para segurar e beber
O “afinamento” no topo deixa:
- a borda de beber mais natural,
- a presa da mão mais confortável,
- e evita que a lata pareça “quadrada” na boca.
É ergonomia pura.
5. Compatibilidade com máquinas e processos industriais
As máquinas que enchem e lacram as latas dependem desse formato.
O topo estreito:
- facilita a aplicação do lacre,
- aumenta a velocidade de produção,
- e reduz falhas.
Dá até para encher milhares de latas por minuto.
Nota editorial
Este artigo faz parte do portal Cognos Space, um espaço de ideias, educação e reflexão, mantido pelo Colégio Cognos.
As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente o posicionamento institucional do colégio, mas contribuem para o debate e formação crítica dos leitores.
Conheça o Colégio Cognos: www.colegiocognos.com.br