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Aprendizado

Como divertir-se estudando? Seja Criativo!

João Marcos Lemos

Publicado

em

Tempo de Leitura: 4 minutos

Muitos acreditam que criatividade é um dom – ou você nasce com ele, ou você nunca o terá – outros acreditam que é um sentimento, que vem apenas quando estamos superinspirados. Todavia, segundo Albert Einstein, “ A criatividade é a inteligência se divertindo”. A verdade é que a capacidade de criar coisas novas é uma habilidade que todos possuem, mas apenas se manifestará quando for treinada e desenvolvida.

No decorrer do ensino médio, notei que determinadas matérias eram muito difíceis para mim, tanto na fixação quanto na compreensão do conteúdo; esse fator me deixava desmotivada e sem vontade de estudar certos assuntos, mas um belo dia eu tive a brilhante ideia de fazer um Rap para decorar fórmulas matemáticas, e adivinha… funcionou! Tirei a nota máxima na prova. Este evento me mostrou que posso estudar me divertindo se desenvolver uma coisa chamada “criatividade”. Aqui eu trouxe dicas que, além de estimular sua criatividade, te auxiliarão nos seus estudos.

1.Utilize as músicas a seu favor.

Como relatei anteriormente, uma forma de fazer isso é criando paródias para memorizar alguns conceitos, além disso a música pode ser útil para fazer alusões com sua letra. Utilizarei, no exemplo a seguir, a letra da música Singularity do grupo musical BTS, nela, mostrarei alusões à Revolução Industrial:

“Um barulho de algo se quebrando” – Neste verso, podemos lembrar dos ludistas, que quebravam as máquinas por conta das tensões entre as classes.

  “Um som desconhecido, tento tampar os ouvidos, mas não consigo dormir” – Pode-se associar este som ao barulho das máquinas e das indústrias, que era algo “novo” na época.

 “Não tenho voz […] Enterrei minha voz por você” – Nesse período, os operários não possuíam voz, nem mesmo direitos, apenas trabalhavam incansavelmente.

 “Sobre o lago de inverno em que fui jogado” – Pode-se associar esse lago às condições precárias de vida em que os funcionários viviam. 

“No breve sonho que tive, minha agonizante dor fantasma persistente a mesma” – Embora a Revolução Industrial tenha sido um importante fator para os avanços na produção, os funcionários produziam sem parar, tal exaustão resultou em revoltas.

 Conforme você cria essas conexões e vai ouvindo a música, o conteúdo se instala na memória.

 2. Utilize a parte visual.

Recentemente, tive dificuldades em memorizar alguns conceitos de física, então utilizei o clipe da música Dope, também do grupo musical BTS. O que fiz foi utilizar os elementos dos cenário para fazer associações. Veja o exemplo a seguir:

Note que, nesta cena, o integrante V estava em algo semelhante a uma gaiola de Faraday. Esta gaiola forma uma barreira que impede tanto a ação de um campo elétrico quanto a de um campo magnético, o que explicaria a interferência nos dispositivos mostrados na cena. Louco, não é mesmo?

Darei outro exemplo, no clipe Idol, da mesma banda:

Observe que há esponjas do mar no cenário,logo você pode fazer a seguinte associação: “Eu vejo esponjas do mar, o que eu sei sobre elas? Elas pertencem ao filo dos poríferos, não possuem sistemas, não possuem tecidos verdadeiros e podem servir de abrigo para outros seres aquáticos.” Assim, você treina seu cérebro para ligar as informações de modo mais ágil e eficiente, pois você força sua mente a encontrar o conteúdo aprendido em elementos cotidianos.

Observações:

  •  Você pode fazer essas análises não apenas em clipes musicais, mas também em filmes e séries.
  • É importante que você use coisas de que goste, pois precisará ter bastante contato com o vídeo ou a música e também porque se divertirá fazendo as conexões.

3. Tenha um “patinho de borracha”.

Foto de Armando Are no Pexels

Ao explicar o problema ao agente (no caso, um pato de borracha, ou qualquer outro objeto), em voz alta, a questão se tornará mais clara do que apenas analisar mentalmente. Esta ferramenta é utilizada por muitos engenheiros e programadores e a técnica é muito útil para aqueles enunciados de matemática que exigem raciocínio um pouco mais complexo na resolução.

Observando as técnicas mencionadas, podemos perceber que temos contato com tudo o que estudamos. Se temos tomadas em casa, temos contato com física, se bebemos um refrigerante, temos contato com a química, se lemos livros, temos contato com a língua portuguesa. Enfim, tudo está ao nosso redor, se pararmos para analisar. Usando o que falei anteriormente, você vai perceber que não estuda nada de “outro mundo” na escola, afinal, “Quem procura, acha”.

Referências:

JUSTEN,Willian. Como um patinho me ajudou a ser um programador melhor. Willianjusten.com.br, 2019. Disponível em: <https://willianjusten.com.br/como-um-patinho-me-ajudou-a-ser-um-programador-melhor/>. Acesso em 10 de setembro de 2020.

BTS. Dope. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=BVwAVbKYYeM >. Acesso em: 10 de setembro de 2020.

BTS. Idol. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=pBuZEGYXA6E >. Acesso em: 10 de setembro de 2020.

BTS. Singularity. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=p8npDG2ulKQ > Acesso em: 10 de setembro de 2020.

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